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Foto: Diego Mandarino / Agência RBS

Em fevereiro de 2018 o site do Jornal Pioneiro publicou a seguinte reportagem abaixo, de autoria do Repórter Diego Mandarino.

Passados pouco mais de oito meses do incêndio que destruiu o Asilo Santa Isabel, em Vacaria, o projeto para o novo prédio está em fase final. Ele é elaborado por três arquitetas de forma voluntária. Todos os escombros do antigo prédio, no centro da cidade, foram retirados, e o terreno passou por terraplenagem, feita por uma construtora também de forma voluntária. O novo prédio será construído no mesmo local do antigo asilo, atrás do abrigo Divina Providência, com acesso pela rua Teodoro Camargo.

O fogo ocorreu no início da tarde de 1º de junho. O asilo abrigava 47 idosos. Duas idosas morreram: Alzira Melo dos Santos, de 75 anos, e Silvonia Borre, de 64.
Os 45 moradores do asilo foram transferidos para um outro prédio menor, onde funcionava o antigo albergue. Localizado na rua Cláudio Rech, no bairro Fátima, este local passou por reformas. A construção tem capacidade para 37 idosos. Atualmente, 35 estão hospedados.

Entre julho e dezembro, oito idosos faleceram e dois retornaram para suas famílias. A previsão é que as duas vagas disponíveis sejam preenchidas em breve, já que está em andamento um processo de entrevistas com potenciais moradores.

Ataídes Cerveira dos Santos, 73 anos, que vive há mais de 10 anos no asilo, tem saudades do antigo prédio.

— Aqui está bom… mas quando fizerem lá, vai ser melhor estar lá do que aqui. Aqui é muito apertado — afirma.
Sem informar a idade, Juraci da Silva diz que está gostando do espaço atual.

— Está tudo bom, aqui. Tenho amigos, sou bem amiga deles aqui, bastante — conta.

A assistente social do Lar Santa Isabel, Cristiane Ciota, afirma que os moradores sentem falta do espaço maior dos cômodos, a área externa e de alguns locais, como a capela onde rezavam.

— Não superlotou os quartos. Mas o quarto lá era maior, tinha mais salas. Isso é o que eles estão sentindo falta. Eles gostam muito de rezar, e aqui não tem capela, como tinha lá. Eles se reúnem para rezar no refeitório – conta Cristiane.

Além de familiares, a comunidade costuma visitar os idosos. Turmas de escola e de outros idosos vão a bailes organizados no próprio asilo. Cristiane explica que é importante a interação dos moradores com o público externo de diferentes idades.

Ela prevê que os idosos permaneçam no endereço atual ainda um ano e meio ou até dois anos. A assistente social ressalta que o projeto demorou para ser feito porque o trabalho das arquitetas é voluntário, e elas seguem com suas atividades profissionais. A empresa que fez a terraplenagem voluntária também dependia da disponibilidade das máquinas e do material, que foi aproveitado de uma outra obra nas proximidades.

Acesse a matéria na íntegra.

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